sábado, 10 de novembro de 2012

Entra em cartaz mais um filme que tem como personagens crianças superdotadas

Está entrando em cartaz mais um filme que tem como personagens crianças superdotadas. Veja o trailer legendado e a reportagem completa sobre o filme, o diretor Wes Anderson (Os excêntricos Tenenbaums e Viagem a Darjeeling) e os personagens principais, Sam e Suzy, que fogem juntos para viverem uma grande aventura, recheada de situações inusitadas criadas através da arte. Ela deixa para trás uma família estranha, e ele, abandona o acampamento de escoteiros. Enquanto a polícia local e o chefe do acampamento saem em busca dos dois, começam a acontecer coisas estranhas na ilha onde moram.

 

Estreia: Em 'Moonrise kingdom', Wes Anderson consolida universo próprio

Bill Murray, Bruce Williams e Edward Norton estão no elenco do longa.
Filme segue estilo do diretor, com realidade regida por leis próprias.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)



Cartaz de 'Moonrise Kingdom', com Bruce Willis (Foto: Divulgação)
No cenário do cinema norte-americano contemporâneo, Wes Anderson é um dos diretores mais originais. Enquanto a maioria faz filmes realistas, e aí se incluem outros grandes cineastas, ele é um dos poucos capazes de criar um mundo próprio.
Autor de filmes como Os excêntricos Tenenbaums e Viagem a Darjeeling, Anderson não segue a cartilha hollywoodiana que prega a mímese extrema em que cada cena se esforça para que o público esqueça de que o que vê é um filme. Faz parte do ideal desse tipo de cinema copiar ao máximo o nosso mundo, levar para a tela uma fatia da vida real.

Anderson, por sua vez, cria microcosmos parecidos com a realidade, mas regidos por leis próprias, nos quais vida e morte, amor e perda têm a mesma dimensão, ainda que operando numa outra dinâmica.

O começo de seu mais novo trabalho, Moonrise kingdom, abre com uma música clássica sobre a qual uma voz infantil explica cada movimento, a função e a significação dos instrumentos musicais e seus sons -- tirada do Young person's guide to the orchestra (Op. 34, Themes A-F), tocando Moor's revange, de Dominic Purcell.

Os filmes do diretor parecem ser assim, precisam de uma advertência: suspenda aquilo que você conhece, preste atenção, porque aqui as coisas acontecem de outra forma, e veja, vamos te explicar como é.

A paleta de cores é sempre composta por tons pastel. A imagem parece esmaecida, coberta por uma poeira do tempo que a torna pálida, envelhecida como uma polaróide maltratada pelo tempo - graças à fotografia de Robert D. Yeoman. A trilha sonora, assinada pelo francês Alexandre Desplat, contribui para o clima onírico. O ano da história é 1965 e a localização é uma ilhazinha remota, na costa dos EUA.

No universo de Anderson, as crianças são superdotadas. Mesmo que, quando cresçam, continuem com sua mentalidade de meninos-prodígios - basta lembrar o trio de filhos dos Tenenbaums.

Aqui, não é diferente. Suzy (Kara Hayward) parece ser muito mais madura do que seus 12 anos de idade. Encontrar em cima da geladeira da família uma cópia do livro Como lidar com crianças extremamente problemáticas é a gota d'água para que ela fuja de casa, juntando-se ao escoteiro Sam (Jared Gilman), que conhecera tempos antes, quando ela participava, na igreja local, de uma ópera baseada na Arca de Noé.

Essa ópera chama-se Noye's Fludde e foi criada por Benjamin Britten, no final dos anos 1950, para ser montada de forma amadora em igrejas. O coro é formado por animais da arca. Por isso, não é surpresa que haja um dilúvio iminente no filme, que sempre coloca os personagens em estado de alerta.





Aventura

Sam e Suzy, ambos da mesma idade, são atormentados com questões existenciais. Ela é a filha mais velha de um casal de advogados (Bill Murray e Frances McDormand) que não encontra o seu lugar na família. Não que isso seja culpa sua, não é fácil encontrar um lugar naquela casa, na qual a mãe usa um megafone para dar avisos aos filhos e ao marido.

Sam é órfão, mas essa é uma informação que o menino esconde do diretor do acampamento de escoteiros, Escoteiro Master Ward (Edward Norton). A casa onde Sam mora com os pais adotivos parece saída diretamente de algum livro de Charles Dickens, onde Sam é maltratado e explorado pelos irmãos bem mais velhos. Por isso, não é de estranhar que ele não queira voltar, nem que seus guardiões pouco se importem quando são informados de seu desaparecimento.

Sam e Suzy são como versões mirins dos personagens de Martin Sheen e Sissy Spacek em "Terra de ninguém", de Terrence Malick - embora, é claro, as crianças não cometam nenhum crime, como no filme de Malick. Há uma cena bem parecida nos dois filmes, quando os casais dançam sozinhos no meio do nada. Aqui, é ao som de "Les temps de l'amour", de Françoise Hardy.

Tanto num como no outro filme, a vida dos dois casais só ganha dimensão quando, finalmente, partem para a aventura. A honestidade aqui chega a ser comovente - quando vão dividir uma cabana à noite, Sam avisa a menina que "ainda molha a cama".

A arte, então, torna-se a única forma encontrada pelos personagens de Anderson para expressar aquilo que os consome. Suzy leva consigo dezenas de livros de fantasia, histórias em que, num universo mágico, meninas e mulheres libertam-se de suas opressões, especialmente as existenciais. No entanto, a liberdade das duas crianças coloca a ilha onde moram em estado de tensão.

O chefe de polícia, Sharp (Bruce Willis), começa a procurar a dupla, enquanto um intrusivo narrador, Bob Balaban, dá detalhes sobre o curioso ambiente. Olhando de fora, parece um caos de personagens e situações, que Anderson orquestra delicadamente, dialogando com a "Nouvelle Vague" francesa, em seus cortes, justaposições e, especialmente, em seu estranhamento.

Desde o começo, está claro que se trata de uma fábula - ou seja, apenas um reflexo, um comentário sobre o mundo real, por isso não é de se estranhar coisas irreais aconteçam. É uma vida alternativa àquela que levamos, e aí reside o fascínio de "Moonrise kingdom".


 

 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Rede pública de Pernambuco manda alunos para exterior

Confiram matéria publicada hoje na página Porvir. Iniciativas como esta devem ser valorizadas e estimuladas, para que os talentos dessas crianças possam se desenvolver para que, no futuro, sejam capazes de contribuir para uma sociedade melhor para todos.


Maria Carolina Carvalho, 17, sonhava em conhecer o Mato Grosso do Sul “por causa do verde”, mas deixou pela primeira vez sua cidade natal – Glória do Goitá, a 60 km de Recife, Pernambuco – para pisar não no estado do centro-oeste do país, mas em outro continente. Há menos de um mês, Carolina vive em Ontario, Canadá, onde permanecerá por um semestre estudando em uma high school (escola de ensino médio). A jovem é uma entre os 1.103 estudantes de escolas públicas de Pernambuco que participam do programa de intercâmbio Ganhe o Mundo, iniciativa do governo estadual que está levando alunos para países como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e Espanha.

Segundo Anderson Gomes, secretário de educação de Pernambuco, o programa quer fazer com que estudantes, em larga escala, aprendam uma segunda língua visando as oportunidades do Ciência Sem Fronteiras, da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. “A proposta é sem precedentes não apenas no Brasil, mas no mundo. Queremos fazer uma ação mais abrangente, de grande impacto, para que os estudantes tenham uma imersão na educação de uma maneira diferenciada. A grande maioria dos alunos é desmotivada porque só têm a sala de aula como a referência”, diz.


clabert / Fotolia.comEstudantes de Pernambuco vão para o exterior
 

A primeira turma, com 560 intercambistas, embarcou para fora do país entre os meses de agosto e setembro. Maria Carolina foi uma delas. “ As pessoas aqui no Canadá são muito acolhedoras. No início, tive um pouco de dificuldade, mas agora está melhorando. Eu sou apaixonada pelo o inglês e meu sonho está sendo realizado a cada dia que passa”, afirma. Maria Carolina volta ao Brasil em fevereiro.

O próximo grupo está com viagem marcada para janeiro do ano que vem. Durante o período do intercâmbio – que dura em média seis meses –, os estudantes moram na casa de uma família e continuam os estudos em uma escola de ensino médio local. Além disso, recebem uma bolsa mensal no valor de US$ 300 (cerca de R$ 600).

O processo seletivo do programa começa com 24 mil vagas para os cerca de 100 mil alunos do 1o ano. As vagas são para participar de cursos intensivos de espanhol e inglês (23 mil deles estudam a língua inglesa e 1 mil aprendem o espanhol). Os alunos, nessa primeira etapa, são selecionados de acordo com seu rendimento escolar. Até o final 2014, afirma Gomes, a estimativa é que ao menos 50 mil jovens estejam dominando um segundo idioma.

Numa segunda fase, aqueles que tiverem notas acima de sete em todas as disciplinas e uma frequência escolar e no curso acima de 80% são ranqueados por desempenho. Os melhores preenchem as vagas para o intercâmbio.

divulgação

Perspectivas

A experiência de intercâmbio, afirma o secretário, vai garantir aos estudantes mais chances em outros programas já existentes como o Ciências Sem Fronteiras. “Muitos alunos perdem a oportunidade de estudar fora, como é o caso desse programa federal, por conta da baixa ou nenhuma fluência de uma segunda língua. Daqui a três anos, os estudantes pernambucanos estarão em uma plataforma diferenciada, capazes de competir por essas vagas”, diz. Outra preocupação, afirma Gomes, é o fato Recife ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

Pernambuco tem se destacado no cenário nacional por meio das suas inciativas de educação, como é o caso do chamado Colégio Pernambucano, de educação integral como já contamos aqui no Porvir. Segundo Gomes, a estimativa é que em 2014, todas as escolas de ensino médio adotem o modelo de educação integral, de tempo integral ou semi-integral. Atualmente, há 217 escolas que desenvolvem esse modelo na rede estadual. “A educação integral faz com que o aluno e os professores estabeleçam um vínculo maior com a escola e a comunidade. Proporciona uma grande diferença na formação dos estudantes, porque desenvolve o protagonismo juvenil por meio dos ’projetos de vida’ dos jovens”, diz.

por Vagner de Alencar
Porvir

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Filmes sobre superdotação

No post de hoje, trago uma lista de filmes que têm personagens superdotados. Uma atenção especial aos filmes que normalmente não são citados, como Taare Zameen Par – filme da produção de Bollywood -, que conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida, e Lances inocentes, que fala sobre a comovente lição que pai e filho aprendem mostrando que a única coisa que não podem perder é o amor que sentem um pelo outro.



A Sala de Fermat 
La Habitación de Fermat (2007)



SINOPSE: Quatro matemáticos que não se conhecem, são convidados por um misterioso anfitrião denominado Fermat, para comparecer a um encontro em um lugar ignorado, sobre o pretexto de decifrar um grande enigma. Uma vez ali, os quatro descobrirão que suas vidas estão em risco, e que o enigma a desvendar será como sobreviver a uma engenhosa armadilha. 




A Prova 
Proof (2005)


SINOPSE: Robert (Anthony Hopkins), matemático brilhante mas mentalmente perturbado, acabou de falecer. Sua filha, Catherine (Gwyneth Paltrow) tenta lidar com a perda, mas pode estar sendo acometida pela mesma doença do pai. Seus problemas incluem a irmã recém-chegada (Hope Davis) e um ex-aluno do pai (Jake Gyllenhaal). Filme baseado em uma peça de David Auburn, vencedora do prêmio Pulitzer. 





A Rede Social  
The Social Network (2010)



SINOPSE: Em uma noite de outono em 2003, Mark Zuckerberg, analista de sistemas graduado em Harvard, se senta em seu computador e começa a trabalhar em uma nova ideia. Apenas seis anos e 500 milhões de amigos mais tarde, Zuckerberg se torna o mais jovem bilionário da história com o sucesso da rede social Facebook. O sucesso, no entanto, o leva a complicações em sua vida social e profissional.





Como Estrelas na Terra - Toda criança é especial 
Taare Zameen Par (2007)
  
SINOPSE: Ishaan Awasthi é um garotinho de oito anos de idade cheio de imaginação, mas ninguém parece dar muita atenção aos seus sonhos. Ele gosta de cores, peixes de aquário, cães e pipas. Tudo o que não é importate para o mundo dos adultos, mais preocupados com o trabalho e ordem. Ocorre que Ishaan, por ser muito sonhador, acaba não prestando atenção nas aulas da escola. Os pais, preocupados, acham que ele deve ser disciplinado e o mudam de escola. Num primeiro momento o garoto sofre o trauma da separação. Até que ele conhece seu novo professor de artes, Ram Shankar Nikumbh, um homem que traz alegria e otimismo a todas as crianças. Menos Ishaan. Nikumbh fará de tudo para descobrir os motivos da infelicidade do menino e assim abrir caminho para que ele realize seus sonhos.



Uma Mente Brilhante
A Beautiful Mind (2001)


SINOPSE: Uma Mente Brilhante é baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash Jr., de Sylvia Nasar. O filme conta a história real de John Nash que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade. Brilhante, Nash chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos, Nash enfrentou batalhas em sua vida pessoal, lutando até o fim de sua vida.
Mentes que Brilham
Little Man Tate (1991)





SINOPSE: Garoto superdotado, com inteligência surpreendente, mas que tem dificuldade na comunicação. Com a ajuda de uma psicoterapeuta, o menino vai viver um mundo diferente numa escola de crianças excepcionais. Estréia na direção da estrela Foster. 






Shine 
Shine (1996)
 
 SINOPSE: "Shine" é uma pura alegria de se ver. A cinebiografia tremenda sobre a superação das adversidades. A criatividade é uma expressão da nossa paixão pela vida, este é um filme notável, australiano, que traça a odisséia criadora de David Helfgott, pianista clássico, embora com pai austero, controlador e autoritário. Seu amor lhe permite brilhar intensamente. Escrito e dirigido por Scott Hicks, este filme emocionalmente afetando registra sobre o coração com as performances poderosas. Não é apenas um estudo de laboratório casaco-clínico de um verdadeiro caso de doença mental, terapia e tratamentos do que uma afirmação positiva que até mesmo "loucos de rua" possuem a humanidade, emoções e histórias familiares complexas, além das loucuras demonstradas. É um filme verdadeiramente grande, ainda mais para os amantes da música.


 
Rain Man 
Rain Man (1988)
 
SINOPSE: Um jovem yuppie (Tom Cruise) fica sabendo que seu pai faleceu. Eles nunca se deram bem e não se viam há vários anos, mas ele vai ao enterro e quando vai cuidar do testamento fica sabendo que herdou um Buick 1949 e as roseiras premiadas do seu pai, sendo que um "beneficiário" tinha herdado três milhões de dólares.
Fica curioso em saber quem herdou aquela fortuna e descobre que foi seu irmão (Dustin Hoffman), que ele desconhecia a existência . O irmão dele é autista, mas pode calcular problemas matemáticos complicados com grande velocidade e precisão.
O yuppie seqüestra seu irmão autista da instituição onde ele está internado, pois planeja levá-lo para Los Angeles e exigir metade do dinheiro, nem que para isto tenha que ir aos tribunais. É durante uma viagem cheia de pequenos imprevistos que os dois se compreenderão mutuamente e entenderão o significado de serem irmãos.



Rede de Mentiras 
Body of Lies (2008)



SINOPSE: Roger Ferris é um espião disfarçado da CIA trabalhando no Oriente Médio à caça de terroristas, quando descobre preciosas informações sobre uma das principais mentes do terror, Al-Saleem. A partir daí, uma perigosa operação de infiltração na rede será realizada, colocando a vida de Ferris e outros em constante perigo.







Gênio Indomável 
Good Will Hunting (1997)




SINOPSE: Jovem trabalha como faxineiro de uma escola, quando um professor descobre que o rapaz é um gênio para lidar com números. Mas também tem problemas emocionais e de comportamente, e precisa de um psiquiatra.






O Solista 
The Soloist (2009)
 
 
SINOPSE: Drama baseado em fatos reais sobre o redentor poder da música. Na história, o jornalista Steve Lopez (Robert Downey Jr.) descobre por acaso a existência de Nathaniel Anthony Ayers (Jamie Foxx), um ex-estudante da universidade Julliard e prodígio em música clássica, que agora se vê na condição de sem-teto e passa os dias tocando violino e violoncelo nas ruas de Los Angeles. Um talento nato, seu sonho é um dia tocar no Walt Disney Music Hall. Enquanto o jornalista Lopez faz de tudo para ajudar o jovem músico a reencontrar seu caminho, nasce entre eles uma bela amizade que transformará completamente suas vidas.




O Som do Coração 
August Rush (2007)

SINOPSE: É um filme mágico, uma espécie de conto de fadas moderno, envolvendo amor, gravidez e problemas familiares. A história mostra a busca incessante de um menino para reencontrar com seus pais, a mãe, Lyla Novacek (Keri Russell) é uma violoncelista brilhante que conhece, o pai, Louis Connelly (Jonathan Rhys Meyers), um guitarrista irlandês. Nasce fruto dessa união o jovem Evan Taylor (Freddie Highmore), que após vários acontecimentos acaba em um orfanato com o nome de - August Rush. Ele possui o dom da música e prevê que pode encontrar seus pais através dela. Assim ele sai tocando pelas ruas para encontrá-los. O filme mostra a fé inabalável de um garoto e sua motivação, de nunca desistir de seu sonho. A maior parte da história é contada através das músicas, compostas especialmente para o filme e tocadas pelos próprios atores.



Os Homens Que Não Amavam as Mulheres
Man Som Hatar Kvinnor (2009)
 
 SINOPSE: Quarenta anos atrás, Harriet Vanger desapareceu na praticamente desabitada ilha em que vivia com sua rica e poderosa família. Seu corpo jamais fora encontrado, mas ainda assim um tio dela, o industrial Henrik Vanger, acredita que a moça foi vítima de assassinato, e o assassino é um integrante da própria família. Mesmo passados tantos anos, Henrik contrata o jornalista Mikael Blomkvist para investigar o caso. Blomkvist tem como sua assistente a jovem tatuada e cheia de piercings Lisbeth Salander, especialista em computadores. Na medida em que os dois avançam nas investigações, eles desatam uma rede de assassinatos grotescos e acabam revelando o lado mais sombrio e aterrador daquela família. O problema é que eles também se dão conta de que se trata de um clã secreto. Agora, Blomkvist e Salander precisam estar preparados para não colocar as próprias vidas em perigo. Baseado no primeiro livro da trilogia "Millennium", do jornalista sueco Stieg Larsson.


Matilda 
Matilda (1996)



SINOPSE: Matilda é a garotinha esperta e inteligente, que gosta de ler e vai bem nos estudos. Mas os pais não percebem isso e a colocam num colégio infernal. Lá ela descobre que tem poderes mágicos e assim vai poder acertar as contas com todos, inclusive a cruel diretora da escola. 







A Excêntrica Família de Antônia
Antonia's Line (1995)
 
SINOPSE: Definido como uma celebração da vida e da morte, esta co-produção entre Holanda, Bélgica e Inglaterra ganhadora do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro vai além ao contar a história de uma encantadora geração de mulheres. Comandada por Antonia, a saga familiar atravessa três gerações, falando de força, de beleza e de escolhas que desafiam o tempo. Nesse universo conhecemos curiosos personagens, como o filósofo pessimista, a netinha superdotada, a filha lésbica, a avó louca, o padre herege, a amiga que adora procriar, a vizinha que sofre abusos sexuais e os muitos amigos que são acolhidos por sua generosidade. 




Prenda-me se For Capaz 
Catch Me If You Can (2002) 


SINOPSE: Baseado em fatos reais, trata-se da história de Frank Abagnale, um dos criminosos mais procurados pelo FBI. Jovem e audacioso, ele usava diferentes disfarces para seus roubos e sempre conseguia escapar da polícia de forma mirabolante.







Amadeus 
Amadeus (1984)
 
SINOPSE: Amadeus, é o amado de Deus. Em 1984, Milos Forman leva a vida de um gênio da musica para a telona. A história de Wolfgang Amadeus Mozart, através dos olhos do compositor rival, Antonio Salieri. O filme é sobre a loucura de Salieri, em sua obsessão com Mozart, ele não consegue entender por que Deus favoreceu Mozart e a inveja o toma. Essa inveja, o transforma em um inimigo de Mozart, pronto para se vingar. Isso tudo é mostrado em uma história fascinante, com um pouco de humor misturado com drama, mas o principal, apresentando a musica inigualável, seu criador e seu processo de criação. O filme é completo, com um roteiro perspicaz (Peter Shaffer), atuação magnífica, sets maravilhosos e figurinos, coreografia incrível (Twyla Tharp) e, acima de tudo, a sublime música de Mozart. 




Lances Inocentes
Searching for Bobby Fischer (1993)




SINOPSE: Menino de sete anos de idade apresenta talento extraordinário para o xadrez. Seu pai, um cronista esportivo, começa a inscrevê-lo em torneios, nos quais é tido como uma revelação. A busca pelo sucesso ameaça tornar-se obsessiva, mas pai e filho têm uma rara oportunidade de reavaliar sua relação.


sábado, 3 de novembro de 2012

TRF garante matrícula de menores de 6 anos na 1.ª série

Decisão tomada nesta quinta-feira, por unanimidade, em sessão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), assegurou que crianças com menos de 6 anos poderão ser matriculadas no primeiro ano do ensino fundamental nas escolas de Pernambuco. Assim, os menores de seis anos têm o direito assegurado de serem alfabetizados, sem que caiba mais recurso ao TRF5, pois a decisão foi unânime. Se houver recurso dos Ministérios da Educação (MEC) ou Público Federal (MPF), deverá ser feito no Supremo Tribunal Federal (STF) ou Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A decisão do desembargador-relator do processo, Lázaro Guimarães, não abrangeu todo o País, restringiu-se ao Estado, e vale para o ano letivo de 2013. Autor da ação, o MPF pretendia que a decisão tivesse eficácia para todo o território nacional. "Entendo, assim como decidi nos autos da medida cautelar (MCTR3146), que as Resoluções de n.º 01, de 14/01/2010, de n.º 06, de 20/10/2010, extrapolam a norma legal, que atribui o dever de acesso da criança de seis anos ao ensino fundamental", afirmou.

Histórico - O MEC editou em 14/01/2010 a Resolução 1. Em 20 de outubro de 2010, editou a Resolução 6, que definia as diretrizes operacionais para a adoção do ensino fundamental, limitando à idade mínima de 6 anos o acesso do aluno. A Resolução 6 fixou diretrizes para o ingresso na pré-escola.

Por considerar inconstitucionais as Resoluções 1 e 6, o MPF ajuizou ação civil pública na Justiça Federal, distribuída para a 2.ª Vara Federal de Pernambuco, requerendo a suspensão das vigências e a garantia da matrícula na 1.ª série do ensino fundamental aos menores de 6 anos. A sentença do juiz Cláudio Kitner foi para permitir a regular matrícula no ensino fundamental, em todas as instituições de do País, das crianças menores de 6 anos, em 31 de março do ano letivo a ser cursado. A decisão proibiu até mesmo a edição de quaisquer normas de conteúdo semelhante.

O Juízo de Primeira Instância determinou que o conteúdo da decisão fosse comunicado a todas as secretarias estaduais de Educação e do Distrito Federal, no prazo máximo de 30 dias, sob pena de incidência de multa diária no valor de R$ 10 mil, revertida igualmente para o Fundo de Defesa de Direitos Difusos. Esse ponto da sentença indicava que a decisão valeria para todo o país.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Jovens, superdotados e negligenciados

Estudantes com fraco desempenho são ignorados pelos orçamentos

The NewYork Times
Por Chester E. Finn Jr., presidente do Instituto Thomas B. Fordham e membro sênior do Instituto Hoover, da Universidade Stanford, é autor, com Jessica A. Hockett, de "Escolas diferenciadas: Por dentro das escolas de Ensino Médio mais seletivas dos Estados Unidos".
 
Tanto Barack Obama quanto Mitt Romney estudaram em escolas privadas de elite. Ambos são, inegavelmente, inteligentes e bem-educados e devem muito de seu sucesso à forte base que obtiveram em excelentes escolas.
Todo jovem americano motivado e de alto potencial merece uma oportunidade semelhante. Mas a maioria das crianças extremamente inteligentes não tem os meios necessários para se matricular em escolas particulares rigorosas. Eles dependem da educação pública para prepará-los para a vida. No entanto, esse sistema não está conseguindo criar oportunidades suficientes para centenas de milhares desses meninos e meninas de alto potencial.
Na maior parte das vezes, o sistema os ignora, com políticas e prioridades orçamentárias que se concentram em proporcionar uma melhoria do nível dos alunos que obtêm resultados fracos. Isso é algo bom e necessário, mas nós não conseguimos melhorar ainda mais o nível de quem está bem acima da média.
O descaso da educação pública para com os alunos de alta capacidade não apenas nega aos indivíduos as oportunidades que eles merecem. Ele também põe em risco as futuras provisões de cientistas, inventores e empresários do país.
Essa falha sistêmica observada nos dias de hoje ocorre de três formas.
Primeiro, temos muitas dificuldades em identificar as crianças "talentosas e superdotadas" cedo, principalmente se elas são pobres ou se são membros de grupos minoritários ou não têm pais esclarecidos e insistentes.

Segundo, nos níveis fundamental e médio de ensino, não temos salas de aula suficientes para alunos acima da média (com professores e grades curriculares adequados) para atender nem mesmo a demanda existente. O Congresso negou financiamento ao Programa Jacob K. Javits de Educação de Alunos Superdotados, única iniciativa de Washington para incentivar uma educação desse gênero. Confrontados com as limitações no orçamento e a pressão do Governo Federal para dar um jeito em escolas de péssima qualidade, muitos distritos estão deixando de oferecer aulas avançadas, bem como de artes e música.

Terceiro, muitas escolas limitam bastante as aulas de colocação avançada ou para alunos que têm mérito acadêmico, às vezes repletas de crianças que são brilhantes, mas que não estão verdadeiramente preparadas para se sair bem nelas.

De vez em quando, no entanto, aparecem escolas públicas que se concentram exclusivamente em alunos superdotados e motivados. Algumas são famosas em todo o país (Boston Latin, Bronx Science), outras são conhecidas principalmente por sua própria comunidade (Walnut Hills, de Cincinnati; Academia de Artes Liberais e Ciências, de Austin). Quando minha colega Jessica A. Hockett e eu saímos à procura dessas escolas para uma pesquisa, descobrimos que esse terreno nunca tinha sido mapeado antes.
Em um país com mais de 20 mil escolas públicas, encontramos apenas 165 dessas escolas, conhecidas como "exam schools" – escolas diferenciadas para alunos que demonstram excelência no aprendizado. Elas educam cerca de 1 por cento dos estudantes dos Estados Unidos. Dezenove estados não dispõem de nenhuma delas. Apenas três cidades grandes têm mais de cinco dessas escolas (Los Angeles não tem nenhuma). Quase todas têm candidatos mais qualificados do que elas têm condições de acomodar. Por isso, trabalham com práticas de admissão muito seletivas, afastando milhares de estudantes que poderiam se beneficiar do que elas têm a oferecer. A aclamada Escola de Ensino Médio Thomas Jefferson para a Ciência e Tecnologia, do Norte da Virgínia, por exemplo, recebe cerca de 3.300 candidatos por ano – dois terços deles academicamente qualificados – para 480 vagas.

Nós montamos uma lista, entrevistamos os diretores e visitamos 11 escolas. Aprendemos muito. Embora as escolas difiram em muitos aspectos, suas ofertas de cursos lembram turmas de colocação avançada em termos de conteúdo e rigor, conseguem resultados fabulosos de encaminhamento de alunos para as universidades, e as melhores delas expõem os alunos à independência no estudo, a estágios desafiadores e a projetos de pesquisa individuais.

Os críticos as chamam de elitistas, mas nós descobrimos o contrário. Elas são escolas excelentes que são acessíveis a famílias que não têm como pagar pelo ensino privado ou por casas em áreas residenciais caras. Embora as escolas diferenciadas de algumas cidades não cheguem nem perto de refletir os dados demográficos de seu entorno, o número de estudantes de baixa renda que se matriculam nessas escolas, em âmbito nacional, é equiparável ao número de alunos que se matriculam no Ensino Médio como um todo. Os jovens afro-americanos são "sub-representados" e os asiático-americanos também (21 por cento contra 5 por cento em escolas de Ensino Médio, no total). Os latinos são sub-representados, mas os brancos também.

Isso não é tão surpreendente. Pais educados e de condição financeira melhor podem ter acesso a várias opções para suas filhas e filhos superdotados. As escolas privadas de elite ainda existem. Assim como New Trier, Scarsdale e Beverly Hills. As escolas que nós estudamos, em geral, são oásis educacionais para famílias que têm crianças de inteligência notável, mas poucas alternativas.

Elas também são portos seguros – escolas onde todos se concentram no ensino e na aprendizagem, não em manter a ordem. Eles têm times desportivos, mas são as suas orquestras que se destacam. Sim, alguns já tiveram que reprimir a prática da cola, mas não existe problema em ser nerd nessas escolas. O aluno fica cercado por jovens como ele – alguns ainda mais inteligentes – e têm aulas com professores capacitados que topam o desafio – professores que, com uma frequência maior do que as equipes de grande parte das escolas de Ensino Médio do país, têm título de Doutorado ou experiência na docência em nível universitário. O aluno não precisa ser revistado para que se verifique se ele está carregando uma arma antes de entrar na escola. E tem grandes chances de se formar e conseguir entrar em uma boa faculdade.
Muitos outros alunos poderiam se beneficiar de escolas assim – e os números se multiplicariam se nosso sistema de ensino agisse da maneira correta com esses alunos nas séries iniciais. Mas isso só vai acontecer quando reconhecermos que não deixar nenhuma criança para trás significa prestar atenção tanto naquelas que já dominam o básico – e têm capacidade e motivação para fazer muito mais – como naquelas que ainda não sabem ler nem subtrair.

É hora de acabar com o preconceito contra a educação de alunos superdotados e talentosos e parar de presumir que todas as escolas devem dar conta de tudo para todos os alunos, uma fórmula simplista que acaba negligenciando a existência de uma diversidade de meninas e meninos, muitos deles pobres e provenientes de grupos minoritários, que se beneficiariam mais estudando em escolas públicas especializadas. Os Estados Unidos deveriam ter mais de mil escolas de Ensino Médio para estudantes desse tipo, não 165, além de escolas de Ensino Fundamental e Médio que identifiquem e preparem os seus futuros alunos.

Com o apoio que demonstraram à ideia de que as famílias devem ter a liberdade de escolher o local e o tipo da escola em que seus filhos estudam, Romney e Obama também reconheceram que as crianças não são todas iguais e que as escolas também não devem ser. No entanto, o medo de parecerem elitistas provavelmente irá impedi-los de propor a criação de mais escolas diferenciadas. O que é irônico e triste, considerando as escolas onde estudaram. As crianças excepcionalmente inteligentes não deveriam ter de estudar em escolas privadas ou ser recusadas pela Bronx Science ou pela Thomas Jefferson simplesmente porque não há lugar para elas.

Fonte: http://noticias.r7.com

domingo, 21 de outubro de 2012

Senado aprova criação de cadastro de alunos superdotados

Brasília - O Senado aprovou no último dia 16 projeto de lei que institui o cadastro nacional de alunos com altas habilidades ou superdotados. Agora, a matéria segue para a apreciação da Câmara dos Deputados.
Pelo texto analisado em caráter terminativo pelos senadores da Comissão de Educação, todo o procedimento previsto em casos de estudantes da rede pública superdotados será consolidado pela União em parceria com o Distrito Federal e os municípios. Dessa forma, os senadores acreditam que será possível incentivar a execução de políticas públicas a esses estudantes.
O projeto de lei prevê um prazo de quatro anos, a contar da data de publicação da lei no Diário Oficial da União, para o cumprimento das regras voltadas a esse segmento estudantil.

Objetivo

Nesta primeira postagem do nosso blog, gostaria de falar sobre os objetivos da Aspat.

Nosso principal motivo ao iniciar a associação, em 2005, foi o de congregar os pais de crianças dotadas e talentosas, a fim de que fossem iniciados diálogos e troca de idéias e experiências. Esta iniciativa surgiu em função da grande solidão que nós, pais de crianças superdotadas, sentimos. Queremos ajudar nossos filhos, mas não temos com quem conversar ou tirar nossas dúvidas sobre o assunto. Vemos o sofrimento dos nossos filhos e muitas vezes ficamos sem saber o que fazer e a quem procurar. Buscamos ajuda com os profissionais das escolas, mas não encontramos o apoio necessário, pois infelizmente, as escolas não estão preparadas para atender a esses alunos e ainda têm uma ideia esteriotipada, como a sociedade, de que os superdotados não necessitam de atendimento educacional especial.

Além dos pais, a Aspat também precisa do apoio de profissionais que se interessem pelo assunto e que possam colaborar com sua experência. Acreditamos que havendo uma compreensão melhor sobre a superdotação, afastando-se os diversos mitos que existem sobre o assunto, essas crianças poderão ter suas necessidades e potenciais atendidos podendo ser mais felizes e participarem ativamente por uma sociedade melhor.

Além dessas necessidades, a Aspat também objetiva:

  • Incentivar as escolas e o poder público para formação e o aperfeiçoamento dos profissionais ligados à educação, pesquisa, identificação e atendimento de pessoas dotadas e talentosas;
  • Divulgar publicações relacionadas ao tema;
  • Estimular as escolas a promoverem e convidarem profissionais que já atuam neste campo, para apresentarem palestras com o objetivo de divulgar e esclarecer sobre o assunto da superdotação, atendendo tanto à necessidade das escolas como à dos pais dos alunos, que poderão tirar suas dúvidas com pessoas que conhecem profundamente o assunto.